Bate, coração! |
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O coração é realmente um órgão fantástico! A sua conotação de ser a representação de nobres sentimentos, como o amor, a bondade, etc, talvez tenha origem na importância do seu papel no nosso organismo. Por ser efetivamente uma bomba propulsora, ele responde pela função vital de oxigenar e nutrir todas as células vivas do corpo. Sua capacidade de responder rapidamente às diferentes situações de maior exigência energética é verdadeiramente notável. O coração está ligado funcionalmente ao sistema nervoso central, e portanto ao cérebro, através de nervos que regulam o aumento ou diminuição de seu ritmo de funcionamento em resposta aos comandos centrais, relacionados às situações de emoção e "stress", como também devido aos ajustes durante o exercício físico. Quando um indivíduo se exercita, o cérebro comanda a contração dos músculos e, simultaneamente, aumenta o ritmo do coração, para fornecer mais sangue e oxigênio para municiar os músculos. Apesar de estar sob a influência do cérebro, o coração possui um incrível mecanismo de auto-suficiência em termos de seu funcionamento contráctil, de tal forma que um coração isolado, ou seja, fora do corpo, continua "batendo" se mantidas as condições de nutrição de suas células. Em experiências com coração isolado de pequenos animais, os cientistas descobriram um fenômeno ainda mais admirável. Quando as células do coração eram separadas uma da outra, cada célula isoladamente continuava "batendo"! Entretanto, pouco a pouco passavam a se agrupar novamente, e como que por um milagre da vida, sincronizavam seu ritmo constituindo novamente uma unidade funcional. É essa admirável capacidade de auto-suficiência que permite que o transplante de coração capacite o receptor a levar uma vida normal. O coração transplantado deixa de ter os nervos que o ligam ao sistema nervoso, pois os mesmos são seccionados na cirurgia e não se reconstituem. O coração do transplantado deixa de ter portanto o controle direto do cérebro. Mesmo assim, ele continua a funcionar normalmente, adaptando-se de forma praticamente perfeita às diferentes exigências do organismo, mesmo nos exercícios intensos. Quem duvida, que lembre do portador de transplante cardíaco que correu até o final os 42 quilometros da Maratona de Nova York.
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